Santo do Dia – 16/12

Santa Adelaide

Adelaide nasceu em 931, filha do rei da Borgonha. Casou cedo com o rei Lotário, na Itália. Mas três anos depois ficou viúva. Seu marido foi morto numa batalha. O rei adversário enviou Adelaide para a prisão, onde sofreu maus tratos terríveis.

Contudo ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oton. Esse, além de lhe devolver a corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos.

Mas o infortúnio a acompanhava. Ficou viúva de novo e passou a ajudar o filho, Oton II, no governo. Mas o filho casou-se com uma imperatriz grega, Teofânia, maldosa e ciumenta, que passou a perseguir a rainha, até conseguir que ela fosse exilada. Fugiu para Roma, mas a preocupação com o seu reino não a abandonava. Lembrava dos pobres que precisavam de seu auxílio.

Alguns anos depois o filho arrependeu-se e mandou buscar sua mãe. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois. Teofânia, sua nora, agora regente, pretendia matar a sogra. Só não morreu, porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo.

Adelaide se tornou a imperatriz regente da Alemanha. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Nos últimos anos de vida Adelaide foi para o convento beneditino na Alsácia. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.

Fonte: catolicodigital.com.br (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Santo do Dia – 15/12

São Valeriano, o bispo idoso

Origens
São Valeriano foi um bispo romano de Avensano (Avensa ou Abbenza), uma antiga sede episcopal da província romana da África Proconsular identificável hoje com as ruínas de Bordj-Hamdouni na Arquidiocese de Cartago no norte da África, que viveu no século V. Na lista de bispos desta diocese, é o segundo da lista depois de Fortunato.

Um idoso entusiasta
De acordo com a narração de Vittore di Vita, em sua “Historia persecutionis Africanae Provinciae, temporibus Geiserici et Hunirici regum Wandalorum”, São Valeriano tornou-se um bispo muito velho, com mais de oitenta anos, depois de seu antecessor Fortunato. Ele é lembrado por se recusar a obedecer a Genserico, rei dos alanos dos vândalos. O rei chegou com suas tropas à cidade querendo que o bispo lhe entregasse todo o mobiliário da igreja. São Valeriano protestou pela violência dos soldados, e por isso foi expulso e exilado de sua cidade. Junto de São Valeriano outros oito bispos do norte da África enfrentaram o difícil exílio.

São Valeriano: um homem repudiado, mas livre
Homem Livre
E depois de dada a ordem de não lhe oferecer hospitalidade, tanto em casa como no campo, ele teve que viver e dormir ao ar livre, na via pública, por muito tempo até o fim de sua vida. Isso demonstra sua liberdade interior em meio às desavenças da vida. Mesmo repudiado e excluído, o bispo pode se fazer tão pobre e humilde. Seu desapego é comparado como o do próprio Jesus ou de São Francisco. Podemos recordar as dificuldades próprias de viver sem uma casa. Além disso, de ser um idoso com todos os seus aspectos próprios de um homem com 80 anos.

Confessor até a morte
São Valeriano, lembrado como confessor, sempre pronto e disponível para atender e dar assistência àqueles que lhe procuravam. Permaneceu fiel à sua fé até sua morte, ocorrida durante uma de suas peregrinações. Victor da Vida define-o como “sanctus Valerianus Abensae civitatis episcopus” enquanto Floro e Adonis o recordam em seus martirológios, respectivamente em 28 de novembro e 15 de dezembro. O nome de São Valeriano foi incluído no martirológio romano no dia de sua festa, em 15 de dezembro.

Minha oração

“Ó santo bispo, que demonstrastes valentia, coragem e desapego, mesmo com larga idade, cuidai dos nossos familiares mais idosos e de suas fraquezas. Pelas tuas virtudes, conduza-nos ao encontro com Cristo de modo fiel e feliz. Livrai-nos do medo da morte e da entrega total. Amém”

São Valeriano, rogai por nós!

FONTE: cancaonova.com

Santo do Dia – 14/12

SÃO JOÃO DA CRUZ, PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA, CARMELITA DESCALÇO

“Hoje, vou recitar o Ofício divino no céu”!
A vida religiosa e a vocação Carmelita foram evidentes no final da formação de João – no civil Juan de Yepes Álvarez – filho de um casal muito pobre da antiga Castela, perto de Ávila.

Em 1563, com 18 anos, saiu do Colégio dos Jesuítas de Medina do Campo, onde havia estudado ciências humanas, retórica e línguas clássicas. Logo a seguir, o encontro com Teresa de Ávila mudou suas vidas. João a conheceu, quando era sacerdote, e ficou imediatamente envolvido e fascinado pelo plano de Reforma de Teresa, também no ramo masculino da Ordem. Trabalharam juntos, partilhando ideais e propostas e, em 1568, inauguraram a primeira Casa para os Carmelitas Descalços, em Duruelo, província de Ávila. Naquela ocasião, ao criar com outros a primeira comunidade masculina reformada, João acrescentou ao seu nome “da Cruz”, com o qual ficou universalmente conhecido.

Em fins de 1572, a pedido de Santa Teresa, João da Cruz tornou-se confessor e vigário do Mosteiro da Encarnação, em Ávila, onde a santa era priora. Mas, nem tudo foi um mar de rosas: a adesão à reforma comportou para João diversos meses de prisão por acusações injustas. Conseguiu fugir, correndo risco, com a ajuda de Santa Teresa. Ao retomar as forças, começou um caminho de grandes incumbências, até à morte, em consequência de uma longa doença e enormes sofrimentos.

São João da Cruz despediu-se de seus coirmãos, que recitavam as Laudas matutinas, em um Convento, próximo a Jaén, entre os dias 13 e 14 de dezembro de 1591. Suas últimas palavras foram: “Hoje, vou recitar o Ofício divino no céu!”. Seus restos mortais foram transladados para Segóvia.

São João da Cruz foi beatificado, em 1675, pelo Papa Clemente X e canonizado, em 1726, pelo Papa Bento XIII.

FONTE: VATICANNEWS

Santo do Dia – 13/12

SANTA LUZIA, VIRGEM E MÁRTIR DE SIRACUSA

A sua história é narrada nos atos do seu martírio, tradições, contos populares e lendas. Luzia nasceu no fim do Século III, na cidade de Siracusa, em uma nobre família. Educada cristianamente, ficou órfã de pai, quando ainda era criança. A mãe, Eutíquia, a criou com amor e dedicação. Ainda jovem, Luzia queria consagrar-se a Deus e manteve este desejo em seu coração. Ignorando as intenções da filha, Eutíquia, como era de costume na época, prometeu que Luzia se casaria com um jovem de boa família, mas não cristão. Luzia não quis revelar seu desejo de consagrar a sua virgindade a Cristo e, com vários pretextos, adiou o casamento, confiando na oração e na ajuda divina.

Viagem a Catânia e a intercessão de Santa Ágata
No ano 301, Luzia e sua mãe vão a Catânia em peregrinação à sepultura de Santa Ágata. Eutíquia sofria de hemorragia e, não obstante diversos e onerosos tratamentos, nada resolveu. A mãe e a filha foram pedir à jovem mártir de Catânia a graça da cura. Em 5 de fevereiro, dies natalis de Ágata, chegaram à cidade e participaram da celebração Eucarística, diante da sepultura da santa. “Então, Luzia se dirigiu à sua mãe e lhe disse: ‘Mãe, se a senhora acreditar no que foi lido, também irá acreditar que Ágata, que sofreu o martírio por Cristo, teve livre acesso ao tribunal divino. Por isso, se quiser ser curada, toca, com confiança, a sepultura dela’”. Eutíquia e Luzia se aproximaram da sepultura de Ágata. Luzia reza pela mãe e pede a graça para si de poder dedicar a sua vida a Deus. Concentrada, teve um sono suave, como se fosse raptada em êxtase, e viu Ágata entre os anjos, anunciando: “Luzia, minha irmã e virgem do Senhor, porque pedir a mim o que você mesma pode fazer? A sua fé serviu de grande benefício para a sua mãe, que ficou curada. Como para mim a cidade de Catânia é cheia de graça, assim para você será preservada a cidade de Siracusa, porque Nosso Senhor Jesus Cristo apreciou seu desejo de manter a virgindade”. Ao voltar a si, Luzia contou à mãe o que aconteceu e lhe disse que queria renunciar ao marido terreno e vender seu dote para fazer caridade ao pobres.

O martírio
Decepcionado e irado, o jovem, que queria Luzia como sua esposa, a denunciou ao prefeito Pascasio, acusando-a de oferecer culto a Cristo e de desobedecer ao decreto de Diocleciano. Presa e conduzida ao prefeito, Luzia, interrogada, recusou o pedido do jovem e, orgulhosa, professou a sua fé: “Sou a serva do Eterno Deus, que disse: ‘Quando forem levados diante dos reis e dos príncipes, não se preocupem o que devem dizer, porque não serão vocês a falar, mas o Espírito Santo falará por vocês’”. Pascasio, retrucou: “Você acredita ter o Espírito Santo?”. Luzia respondeu: “O Apóstolo disse: ‘Os castos são santuários de Deus e o Espírito Santo mora neles’”. Para desacreditá-la, Pascasio manda levá-la ao prostíbulo. Mas, Luzia continua a declarar que não iria ceder à concupiscência da carne; e, qualquer violência que seu corpo tivesse que sofrer, continuaria casta, pura e incontaminada no espírito e na mente. De modo extraordinariamente imóvel, os soldados não conseguem levá-la; com as mãos e os pés amarrados, não conseguem arrastá-la nem com os bois. Irritado com este acontecimento excepcional, Pascasio mandou queimar a jovem, mas o fogo não a atingiu. Furioso, Pascasio decidiu matá-la com um golpe de espada. Assim, Luzia foi decapitada em 13 de dezembro de 304.

FONTE: VATICANNEWS

Santo do Dia – 12/12

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Encontro com Juan Diego
Em 1531, a Bem-aventurada Virgem de Guadalupe apareceu a Juan Diego, um índio asteca que se converteu ao cristianismo. Naquele período, reinava no México uma onda de violências e, sobretudo, de contínuas violações da dignidade humana. A população indígena era a que mais sofria graves discriminações.

As aparições marianas confirmam o encontro dos nativos com Cristo. Maria apresenta-se como a “Mãe do verdadeiro Deus”. A Bem-aventurada Virgem escolheu Juan Diego como seu mensageiro. O homem contou que Nossa Senhora lhe pediu para construir um santuário naquele lugar. O Bispo não acreditou nas suas palavras. Por isso, no dia 12 de dezembro de 1531, Nossa Senhora fez nascer, naquele terreno e em pleno inverno, rosas perfumadas. Juan Diego as colheu e as colocou no seu manto. Quando o abriu diante do Bispo, para mostrar as flores, apareceu, no tecido, a imagem de Maria, representada como uma jovem indígena. Por isso, os fiéis a chamaram “Virgem Morena”.

O manto
O manto, chamado tilma, é constituído por duas capas de ayate: um tecido de fibras da planta agave usado pelos índios mexicanos para fazer roupas. A Virgem, de pele escura, aparece com uma túnica rósea, circundada por raios de sol e, aos seus pés, um anjo segura uma meia-lua.

O olhar de Maria
Na imagem impressa no manto, os olhos de Maria apresentam ramificações venosas como o olho humano. Nas pálpebras aparecem detalhes de extraordinária precisão. Trata-se de imagens tão pequenas que, para ser vistas, foram necessárias técnicas, com lentes de aumento, até duas mil vezes maiores. No olho direito aparece uma família indígena: uma mulher, com uma criança nas costas, e um home com um chapéu, tipo sombreiro, que os observa. No olho esquerdo aparece um homem barbudo idoso, identificado como o Bispo. Esta última cena é precisamente aquela quando Juan Diego abriu o manto diante do Bispo, desvendando, pela primeira vez, a imagem mariana.

O Santuário
O olhar de Maria dirige-se, de modo particular, aos oprimidos e sofredores. Todos os anos, milhões de peregrinos visitam o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, onde se conserva o manto (tilmátli) de Juan Diego, proclamado santo, em 31 de julho de 2002, pelo Papa João Paulo II. A atual Basílica foi construída em 1976.

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 11/12

São Dâmaso, Papa e Pastor da Santa Igreja

São Dâmaso foi fiel à sua missão, ao seu chamado. Como pastor, procurou vigiar e expulsar o lobo que atrapalhava as ovelhas do rebanho de Cristo.
Nascido na antiga Hispânia, hoje Guimarães, Portugal, São Dâmaso vem de uma família santa, tendo sua irmã, Santa Irene, também sido canonizada pela Igreja Católica.

São Dâmaso, um defensor da fé Cristã
Foi eleito Papa num momento conturbado para os Cristãos, no século IV: a heresia Ariana infectava uma parte do povo de Deus, as ovelhas que o Senhor lhe tinha ordenado pastorear.

O que vem a ser a heresia de Ario, o Arianismo? De um modo simplificado, pois seu pensamento é bem sorrateiro, este dizia que Jesus não podia ser Homem e Deus ao mesmo tempo.

O que implicava isto para o culto religioso? Negar a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo é negar toda sua obra, sua morte e ressurreição, nossa redenção. Sem sua natureza divina, Jesus é só mais um pensador filosófico como outros tantos por aí.

O Papa São Dâmaso que, em sua profissão de fé para assumir o pontificado, prometeu amar e servir a doutrina verdadeira, lutou com todas suas forças contra a heresia. Primeiro, procurou exortar o imperador Romano, Teodósio, destas ideias maléficas.

Junto com Santo Ambrósio, naquela época já bispo de Milão, o papa procurou extirpar doutrinariamente a heresia, desmascarada pelos santos estudiosos da Igreja.

Atento também à diversidade de escritos, o Papa São Dâmaso quis formular uma versão autêntica da Bíblia. Assim, com a ajuda de São Jerônimo, seu secretário, ordenou-lhe um trabalho que seria extenso, mas essencial: este deveria pegar a forma grega dos livros bíblicos, a Septuaginta, compilados por um grupo de 70 judeus, a tradução mais antiga que a Igreja possuía dos livros sagrados ainda em hebraico, a língua em que foram escritos.

Com esta versão, são Jerônimo, versado profundamente tanto em grego antigo quanto em latim, formulou uma tradição para a língua do império Romano, originando-se a versão que conhecemos como Vulgata, que foi, durante séculos, a base para a tradução da bíblia em todas as demais línguas.

Este trabalho importante consagrou São Dâmaso como o defensor da autenticidade cristã, da tradição que não é apenas uma memória, mas um profundo alicerce real com o passado e o legado dos que nos precederam.

Ordenador da História da Santa Igreja
Neste mesmo espírito, o papa santo também procurou deixar para a posterioridade um outro presente histórico: criou comissões para organizar o estudo e reconhecimento dos mártires das catacumbas romanas.

Muita perseguição havia se abatido sobre a Igreja Católica até a liberdade concedida por Constantino: na época, os cristãos apenas sepultavam os seus companheiros sem pretensão, querendo com respeito dar um descanso aos seus restos mortais.

São Dâmaso organizou pesquisas para identificar os corpos segundos os relatos e atas do império, para que se constituísse uma história a mais real possível desses heróis da fé. Ficou conhecido por isso como o Papa das Catacumbas.

Suas virtudes precederam seu conhecimento e suas obras. A humildade do papa santo na hora de sua morte atesta toda sua vida de zelo por Deus. Não quis ser enterrado nas Catacumbas de São Calisto, onde eram velados os corpos dos papas que o precederam.

Ele escreveu em seu epitáfio, logo no final: “Aqui eu, Dâmaso, desejaria mandar sepultar os meus restos, mas tenho medo de perturbar as piedosas cinzas dos santos”. Assim, seu corpo foi velado num local solitário, à margem da Via Ardeatina.

São Dâmaso, Papa e Pastor, deixou um legado de tradição e santidade. Sigamo-lo, peçamos a ele uma parte de sua fé e de sua força. Se ele nos conceder isso, já seremos grandes entre os demais.

FONTE: arautos.org

Santo do Dia – 10/12

NOSSA SENHORA DE LORETO

Trata-se de uma Casa com apenas três paredes, aberta ao mundo e a todas as pessoas. Assim se apresenta a Santa Casa de Nazaré, sob um precioso revestimento de mármore renascentista, a qual, segundo a tradição, foi transportada, “por ministério angélico”, em uma rua pública em Loreto. Esta casa terrena, onde a Virgem Maria recebeu o anúncio do Anjo Gabriel e viveu, com Jesus e José, é testemunho do evento mais importante da história: a Encarnação.

Casa de Maria, da Sagrada Família e de todos os homens
As pesquisas históricas, arqueologias e científicas parecem confirmar a sua autenticidade, sancionada, pela primeira vez, em 1310, com a Bula do Papa Clemente V.
Estudos recentes demonstram que as pedras do edifício foram elaboradas segundo o uso dos Natabeus, conhecido na Galileia no tempo de Jesus. Especialistas confirmam que os incisos em grafites nestas pedras são claramente de origem judaico-cristã, e que a argamassa utilizada é desconhecida na construção de edifícios na região italiana das Marcas.
Além do mais, cinco cruzes em tecido, pertencente provavelmente aos Cruzados, e alguns restos de um ovo de avestruz, símbolo do mistério da Encarnação, foram encontrados entre os tijolos da construção da Santa Casa, cujo perímetro corresponde perfeitamente com a dimensão dos alicerces que permaneceram em Nazaré.
Mas, por que só três paredes? Com toda a probabilidade, elas faziam parte da Casa da Virgem, a antecâmara em alvenaria, que dava acesso à parte posterior da gruta, escavada na rocha, ainda hoje venerada na Basílica da Anunciação em Nazaré.

Transportada pelas mãos dos Anjos
Muitos continuam a se questionar como tenha acontecido o transporte desta relíquia descoberta, que, a olho nu, não parece ser reconstruída, apesar do incêndio desastroso de 1921; aquela catástrofe causou a destruição de parte da decoração pictórica do Santuário e do quadro de madeira original da Senhora Negra.
Segundo a tradição, em 1291, após a expulsão dos Cruzados da Palestina, as paredes da Casa de Nazaré foram transportadas, pela primeira vez, à cidade de Ilíria, na atual Croácia e, em seguida, a Loreto, uma pequena cidade no centro da Itália.
Uma crônica de 1465, narrada por Teramano, diz: “… depois que o povo da Galileia e de Nazaré trocou a religião de Cristo por aquela de Maomé, os Anjos tiraram a mencionada igreja daquele lugar e a transportaram para a Eslavônia. Lá, porém, não foi honrada como convinha à Virgem Maria… Por isso, os Anjos a tiraram daquele lugar e a levaram, por via marítima, até o território de Recanati”.
Muitos, hoje, tendem a aceitar a hipótese, avaliada pelo antigo Código “Chartularium culisanense”, segundo a qual os Anjos da tradição, à qual é atribuído o transporte, se referiam à nobre família bizantina de Épiro, chamada Angeli, que, no século XIII, salvou a venerável igrejinha, via marítima, da fúria dos Sarracenos.
No entanto, o perfeito estado de montagem e conservação das pedras manteve viva uma interpretação do transporte, aberta ao sobrenatural.

Uma Casa no caminho de todo homem
Causa perplexidade a colocação da Casa de Maria em uma “rua pública”. “Neste aspecto – disse Bento XVI, ao visitar Loreto em 2012 – consiste a mensagem singular desta Casa: não é uma casa particular, mas aberta a todos, situada nos caminhos de todos. Com efeito, estamos a caminho de outra Casa: a Cidade Eterna”!

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 09/12

SÃO JOÃO DIOGO CUAUHTLATOATZIN

Na manhã do dia 9 de dezembro de 1531, um índio de 57 anos passava por um terreno pedregoso, onde até as plantas não cresciam.
Alguns anos antes foi batizado com o nome de Juan Diego, mas seu nome original era “Cuauhtlatoatzin”, que, em asteca, quer dizer “grito da águia”.

Certo dia, o camponês estava indo da sua aldeia à Cidade do México: era um sábado, dia em que os missionários espanhóis dedicavam à catequese. Ao chegar à colina Tepeyac, Juan Diego foi atraído por uma coisa estranha: um canto de passarinhos, que nunca havia ouvido antes e, depois, uma voz suave rompeu o silêncio e o chamou: “Juantzin, Juan Dieguinho”! O homem subiu para o cume da colina e se defrontou com uma jovem mulher, cujo vestido brilhava como o sol. Ele se ajoelhou diante dela e maravilhado a ouviu dizer: “Eu sou a Perfeita sempre Virgem Maria, mãe do Deus único e verdadeiro”.

Um sinal para acreditar
A Senhora confiou uma tarefa a Juan Diego: narrar ao Bispo o que lhe havia acontecido, para que construísse um templo mariano aos pés da colina. Não era fácil narrar uma coisa incrível! De fato, o Bispo, Dom Zumarraga, não acreditou no que disse.
À noite, sobre a colina, o fracasso da sua narração não impediu a Senhora a convidar Juan Diego a tentar novamente, no dia seguinte.
Desta vez, o Bispo fez-lhe algumas perguntas a mais sobre a aparição, permanecendo sempre cético. No entanto, pediu ao índio para levar-lhe um sinal, para que seu conto não fosse uma fábula.
O camponês apresentou o pedido à Senhora, que concordou em lhe mandar um sinal no dia seguinte. Porém, aconteceu um imprevisto: o índio soube que seu tio enfermo estava em fim de vida. Depois de uma noite de sofrimento, o homem sentiu a necessidade urgente de chamar um sacerdote. Assim, na manhã do dia 12, Juan Diego pôs-se a caminho, mas, ao chegar a Tepeyac, procurou mudar de rota para evitar um novo encontro com a Senhora.

O prodígio da tilma
Seu gesto foi inútil. A Senhora apareceu novamente diante dele e lhe perguntou o motivo de tanta pressa. Envergonhado, o camponês jogou-se no chão e, pedindo perdão, explicou-lhe tudo. A senhora o acalmou, dizendo: “Seu tio está curado”! Ao invés, convidou Juan Diego a subir a colina para recolher algumas flores e levá-las ao Bispo. Entre as pedras, tinham nascido lindas “flores de Castela”, uma coisa impossível em meados de dezembro. O índio recolheu algumas flores e as colocou na sua “tilma”, um manto de lona grosseira que usava, e foi para a Cidade do México.
Depois de uma longa espera, foi levado até o Bispo. Juan Diego conta-lhe os novos acontecimentos e, depois, abriu seu manto diante dos presentes. Naquele instante, em sua “tilma” ficou estampada a imagem da Virgem, o ícone que se tornou famoso e venerado em todos os lugares.

O guardião da Virgem
Desde então, o caminho ficou aplainado. O Bispo pediu para ser acompanhado até ao local das aparições e, assim, começaram as obras. Em 26 de dezembro, já estava pronta a primeira Capela aos pés da colina do milagre. Juan Diego, viúvo há alguns anos, pediu e conseguiu permissão para morar em uma pequena casa adjacente à Capela.
Por mais 17 anos, até 1548, São Juan Diego permaneceu o fiel guardião de Nossa Senhora, a Virgem morena.
Em 31 de julho de 2002, São João Paulo II o proclamou Santo.

Santo do Dia – 08/18

Nossa Senhora da Imaculada Conceição

A Imaculada Conceição é uma doutrina católica que afirma que Maria, mãe de Jesus, foi concebida sem pecado original. A festa da Imaculada Conceição é celebrada em 8 de dezembro, destacando a pureza e a graça singular de Maria desde o momento de sua concepção no ventre de sua mãe, Santa Ana.

A base teológica para a Imaculada Conceição pode ser encontrada nas palavras do Anjo Gabriel durante a Anunciação, quando ele saudou Maria como “cheia de graça” (Lucas 1:28). A interpretação católica é que Maria foi agraciada por Deus com uma santidade única, sendo preservada do pecado original que afeta toda a humanidade desde Adão e Eva.

A definição formal da doutrina ocorreu em 1854, pelo Papa Pio IX, através da bula “Ineffabilis Deus”. Nesse documento, o Papa declarou solenemente que a Bem-Aventurada Virgem Maria foi preservada imune de toda mancha de pecado original desde o primeiro instante de sua concepção.

Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse imaculada.

Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos

A doutrina da Imaculada Conceição tem sido objeto de profunda devoção e reflexão na tradição católica. Maria é vista como a “cheia de graça”, um modelo de pureza e humildade para os fiéis. A festa de 8 de dezembro é marcada por celebrações litúrgicas, procissões e atos de devoção mariana em muitas partes do mundo católico.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

Fonte: nossasagradafamilia.com.br

Santo do Dia – 07/12

SANTO AMBRÓSIO, BISPO DE MILÃO E DOUTOR DA IGREJA

No seu tempo, havia divisões sociais dilacerantes. Em 7 de dezembro de 374, em uma igreja milanesa dava-se uma discussão animada: a embaraçosa nomeação do novo Bispo da cidade, capital do império romano do Ocidente, havia agravado a separação entre Católicos e Arianos. A negação da divindade de Cristo, defendida pelos Arianos e combatida pelos Católicos, era vista como uma barreira insuperável na escolha de um pastor, que pudesse representar ambas as partes.

Um Bispo para todos
Como mediador, foi convocado o Governador das regiões italianas da Lombardia, Ligúria e Emília-Romagna, conhecido pela sua imparcialidade e equidade. Ele se chamava Ambrósio, nascido em 340, em Augusta dos Tréveros, Alemanha, no seio de uma família romana cristã, terceiro de três filhos, que também se tornaram santos: Marcelina e Sátiro.

Ambrósio concluiu seus estudos jurídicos em Roma, sob o exemplo do pai, Prefeito da Gália, aprendendo a oratória e a literatura greco-latina. O sucesso na sua carreira de magistrado e o seu equilíbrio em resolver controvérsias bastante difíceis tornaram-no o candidato ideal para moderar o impetuoso debate milanês, que começou com a morte do Bispo ariano, Auxêncio. O convite de Ambrósio ao diálogo convenceu o povo e evitou o perigo de tumultos.

Porém, enquanto o Governador pensava ter cumprido a sua missão com sucesso, aconteceu um imprevisto. Entre a multidão, elevou-se uma alta voz de criança, que ecoou em toda a assembleia, que dizia: “Ambrósio Bispo!”. Assim, Católicos e Arianos, inesperadamente, chegavam ao desejado acordo. A ovação popular desnorteou Ambrósio, porque não era batizado e se sentia indigno. Quis rejeitar ao cargo dirigindo-se ao imperador Valentiniano, que, porém, confirmou o anseio popular. Então, Ambrósio fugiu. Mas, também o Papa Dâmaso o achava idôneo à dignidade episcopal. Logo, entendendo que esta era a vontade de Deus, aceitou e se tornou Bispo de Milão, com apenas 34 anos de idade.

Em oração junto com o povo
Ambrósio distribuiu seus bens aos pobres e dedicou-se ao estudo dos Textos Sagrados e dos Padres da Igreja: “Quando leio as Escrituras – dizia – Deus passeia comigo no Paraíso”. Aprendeu a pregar de tal maneira que a sua oratória encantou o jovem Agostinho de Hipona, levando-o à conversão.

Assim, a vida de Ambrósio se tornava, cada vez mais, sóbria e austera, toda dedicada ao estudo, à oração, à escuta assídua e solidária dos pobres e do povo de Deus.

“Se a Igreja dispõe de ouro, não é para guarda-lo, mas para distribui-lo a que mais necessitar”, disse quando decidiu fundir os ornamentos litúrgicos dourados para pagar o resgate de alguns fiéis sequestrados pelos soldados nórdicos.

Combate à heresia
As suas prioridades foram a paz e a concórdia, mas jamais tolerou o erro. A iconografia artística o representa com um açoite na mão contra os hereges. Ele combateu, energicamente, o arianismo, que o levou a discordar até com Governantes e Soberanos. Daquele conflito, que eclodiu sob o governo da imperatriz filo-ariana, Justina, Santo Ambrósio saiu vencedor, reafirmando a independência do poder espiritual do poder temporal.

O episódio da carnificina de Tessalônica foi emblemático. Depois do excídio de sete mil pessoas, em revolta pela morte do Governador, Santo Ambrósio conseguiu convencer Teodósio, autor da chacina, a se arrepender. “O imperador é da Igreja e não acima da Igreja” era a convicção do Bispo milanês, que, ao contrário da lei, não submeteu nenhuma igreja aos Arianos.

A primazia de Pedro
Por outro lado, Ambrósio sempre reconheceu a primazia do Bispo de Roma, dizendo: “Ubi Petrus, ibi Ecclesia” (“Onde está Pedro, ali está a Igreja”). O amor a Cristo, à Igreja e a Maria emergiu das suas copiosas obras literárias e teológicas, que lhe conferiram – junto com os santos Jerônimo, Agostinho e Gregório Magno – o título de grande Doutor da Igreja do Ocidente.

Construtor de Basílicas, compositor de hinos, que revolucionaram o modo de rezar, e incansável na oração Ambrósio morreu no Sábado Santo de 397. Uma multidão imensa o homenagearam no dia de Páscoa.

Fonte: vaticannews