Santo do Dia – 28/01

SÃO TOMÁS DE AQUINO, PRESBÍTERO DOMINICANO, DOUTOR DE IGREJA, PADROEIRO DAS ESCOLAS CATÓLICAS

“Vocês o chamam de boi mudo! Ao invés, eu lhes digo que este boi vai berrar tão alto, que seu berro vai ecoar no mundo inteiro”. É o que afirmava Santo Alberto Magno, seu professor, e não se enganava ao defendê-lo perante seus colegas, que, por causa do seu caráter taciturno e, aparentemente, opaco, lhe haviam dado o apelido de “boi mudo”.

Seus familiares o prenderam por ter-se tornado frade Pregador
Tomás nasceu em uma família de Condes, Aquino, no castelo de Roccasecca, no sul do Lácio, unidos, por vínculos de parentela ao imperador Federico II. Seu pai, Landolfo, queria que ele fosse abade do mosteiro de Montecassino, pensando ser compatível com a natureza tímida e gentil do filho e com seus desígnios políticos. Mas, em Nápoles, Tomás quis tornar-se frade Dominicano, rejeitando toda e qualquer ambição e escolhendo apenas uma Ordem mendicante.
Esta sua escolha chocou toda a família, tanto que, dois de seus irmãos, o mandaram prender. Foi colocado em uma cela, proverbial pela sua disposição pacífica. No entanto, ele ficou muito irritado quando mandaram uma prostituta entrar na sua cela, para que desistisse da sua vocação. Mas, ele a afugentou com uma brasa ardente. Em suma, parece que ele tenha conseguido escapar da cadeia, com a ajuda de duas irmãs, que o fizeram descer da janela com uma grande cesta.

Um intelectual apaixonado por Deus
Tomás foi mandado para Colônia, onde aprofundou a tese sobre o aristotelismo, com Santo Alberto Magno; depois, em Paris, lecionou na Universidade, apesar da incompatibilidade com o clero secular.
Ao regressar para a Itália, intensificou seus estudos sobre Aristóteles, graças à tradução de um confrade, e compôs o famoso Hino “Pange lingua”, para a festa de Corpus Christi.
Começou a escrever sua “obra-prima”, “Summa theologiae”, dividida em cinco partes, para demonstrar a existência de Deus. O centro da sua obra é a confiança na razão e nos sentidos; a filosofia é a serva da teologia, mas a fé não anula a razão. Ele gostava muito de estudar e não é difícil imaginar que a sua vasta produção filosófico-teológica tenha causado estupor entre os teólogos contemporâneos.
Certo dia, em 6 de dezembro de 1273, Tomás disse ao coirmão Reginaldo que não ia escrever mais nada: “Não posso, porque tudo o que escrevi é como palha para mim, em comparação ao que me foi revelado”. Segundo alguns biógrafos, esta decisão foi precedida por uma conversa mística com Jesus.
Por fim, Tomás adoeceu. Em 1274, durante uma viagem a Lyon, para participar do Concílio, a pedido do Papa Gregório X, faleceu na abadia de Fossanova, com apenas 49 anos.

Santo Tomás, segundo Chesterton: reconciliação-fé-razão
O famoso escritor inglês, G. K. Chesterton, dedicou-lhe, com acuidade, um ensaio famoso? “Tomás reconciliou a religião com a razão, estendendo-a ao campo da ciência experimental, na qual afirmava que os sentidos eram as janelas da alma e o intelecto tinha o direito de se nutrir de fatos concretos”.
Para Chesterton, Santo Tomás e São Francisco foram os iniciadores de uma grande renovação do cristianismo, a partir de dentro, e a Encarnação era central: “Eles se tornaram mais ortodoxos quando começaram a ser mais racionalistas ou mais próximos da natureza”.

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 27/01

SANTA ÂNGELA MÉRICI, VIRGEM, FUNDADORA DAS URSULINAS

Não mais nos conventos, mas no mundo: eis o eixo cartesiano da espiritualidade de Santa Ângela Mérici que, com o testemunho de sua vida, conseguiu dar nova forma à dignidade das mulheres.
Ângela nasceu em Desenzano de Garda, perto de Bréscia, norte da Itália, em 21 de março de 1474. Desde a infância, tinha um forte sentido religioso: à noite, a família se reunia em torno do pai, João, para ouvir a leitura da vida dos santos. Graças a essas leituras, Ângela começou, aos poucos, a nutrir uma devoção especial para com Santa Úrsula, a nobre jovem britânica, do século IV, martirizada com seus companheiros; esta santa teve uma grande influência no amadurecimento da sua espiritualidade.

Terciária franciscana
Aos 15 anos, Ângela perdeu, prematuramente, a irmã e seus pais; então se mudou para Saló, onde foi acolhida na casa do tio materno. Naqueles anos, surgiu-lhe o desejo de levar uma vida mais austera e penitencial, a ponto de optar por ser Terciária franciscana. Cinco anos depois, com a morte de seu tio, a jovem voltou para Desenzano, onde se dedicou às obras de misericórdia espirituais e corporais, sempre acompanhando o trabalho manual com a oração e o recolhimento.

Visão de uma “escada celeste”
Certa vez, enquanto estava em oração, a futura Santa teve a visão de uma procissão de anjos e virgens, que tocavam e cantavam hinos. Entre eles, Ângela viu também sua irmã falecida, que lhe anunciou: “Você vai fundar uma companhia de virgens”. Nos séculos seguintes, a iconografia hagiográfica representou esta visão como uma “escada celeste”, que une o céu e a terra.

Cegueira repentina
No entanto, em 1516, os superiores franciscanos enviaram Ângela a Bréscia para assistir uma viúva, Catarina Patendola. Na cidade, a jovem reforçou sua ideia de um laicato, cada vez mais comprometido no âmbito caritativo, mas enriquecido pela sensibilidade feminina.
Ao receber uma segunda visão, Ângela decidiu fazer uma peregrinação a diversos lugares sagrados: Mântua e o Monte Sagrado de Varallo, suas primeiras etapas, seguidas, em 1524, pela Terra Santa. Precisamente durante esta viagem às origens do cristianismo aconteceu um prodígio singular: de repente, Ângela perdeu a visão, que a recuperará ao voltar da Terra Santa, enquanto rezava diante do Crucifixo. Bem longe de desanimar, Ângela Mérici aceitou a deficiência momentânea como sinal da Providência, para poder olhar os Lugares Santos, não com os olhos do corpo, mas com os do espírito. “Vocês imaginam – disse ela mais tarde – que esta cegueira me foi enviada para o bem da minha alma?”

Nascimento da “Companhia de Santa Úrsula”
Ao regressar à Itália, em 1525, por ocasião do Ano Santo, Ângela foi em romaria à “Cidade Eterna”, onde consolidou seu carisma, tanto que o Papa Clemente VII lhe propôs de permanecer em Roma. Entretanto, a jovem decidiu voltar a Brescia, porque queria, finalmente, dar cumprimento à sua “visão celeste”.
Enfim, em 25 de novembro de 1535, junto com doze colaboradoras, Ângela Mérici fundou a “Companhia das renunciadoras de Santa Úrsula” (“renunciadoras” porque não usavam o hábito religioso tradicional), com uma Regra de vida original: estar fora do Convento para se dedicarem à instrução e à educação das jovens mulheres, com voto de obediência ao Bispo e à Igreja.

Revolução da graça
A ideia da fundadora foi uma verdadeira revolução da graça: toda mulher consagrada podia santificar a sua vida na “Sociedade”, não apenas em um Convento, atuando no mundo e na própria Igreja de pertença.
Em uma época em que as mulheres que não eram casadas ou enclausuradas podiam correr o risco de ser marginalizadas, Ângela ofereceu-lhes uma nova condição social: ser “virgens consagradas no mundo”, capazes de se santificar para santificar a família e a sociedade.

Canonização em 1807
Em 1539, o estado de saúde de Ângela Mérici piorou, vindo a falecer em 27 de janeiro de 1540, com a idade de 66 anos. Seus restos mortais descansam na igreja de Santa Afra, em Bréscia, onde ainda são venerados, hoje denominado Santuário de Santa Ângela.
No entanto, a sua fama de santidade aumentou tanto que, em 1544, o Papa Paulo III elevou a Companhia a um Instituto de Direito Pontifício, permitindo às Ursulinas atuar também além dos confins da Diocese.
Ângela Mérici foi beatificada, em 1768, pelo Papa Clemente XIII, e canonizada, em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio VII. Uma estátua, em sua memória, esculpida em 1866, pelo escultor Pietro Galli, encontra-se na Basílica Vaticana.

Testamento espiritual
Em seu testamento espiritual, destinado às Ursulinas, lê-se: “Suplico-lhes de recordar e manter gravadas em suas mentes e corações todas as suas filhinhas, uma por uma; não apenas seus nomes, mas também suas condições, natureza e estado, enfim tudo delas. Isso não lhes será difícil se as abraçarem com profunda caridade. Esforcem-se, com amor e com mão gentil e suave, não com imperiosidade e aspereza, para ser agradáveis em tudo”. “Além do mais, – concluiu – cuidado por não querer alguma coisa, a todo custo, porque Deus deu a cada um o livre arbítrio, sem forçar ninguém; Ele apenas propõe e aconselha”.

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 26/01

SANTA PAULA, MATRONA ROMANA

Nascida em 347 d.C. no seio de uma ilustre família romana, – com laços de parentela com Cornélia, até remontar às origens do próprio Agamenon, – Paula casou-se, com a idade de dezesseis anos, com o senador Toxócio, do qual teve quatro filhas e um filho. Até aos 32 anos, viveu na riqueza e no luxo, vestindo-se de seda e carregada por escravos eunucos pelas ruas da cidade.

Com a morte do seu marido, Paula começou a frequentar um grupo de viúvas guiado por Santa Marcela: com elas, dedicou-se à oração e à penitência, hospedando, na sua grande mansão romana, no bairro do Aventino, esta Ordem semi-monacal. Santa Marcela, em 382, apresentou-lhe São Jerônimo, quando veio a Roma com os Bispos Epifânio de Salamina e Paulino de Antioquia. Ao hospedar em sua casa os três peregrinos, Paula ficou profundamente comovida. Jerônimo causou uma profunda influência em Paula, despertando nela o desejo de abraçar a vida monacal no Oriente.

Na Terra Santa
Em setembro de 385, após a morte da filha Belsila, Paula decidiu partir para a Terra Santa, acompanhada pela filha Eustóquia, para seguir a vida monacal. Jerônimo, que as havia precedido de cerca um mês, encontrou com elas em Antioquia e, juntos, fizeram uma peregrinação pelos lugares santos da Palestina. A seguir, foram ao Egito para frequentar as lições dos eremitas e cenobitas; enfim, estabeleceram-se em Belém, onde fundaram dois mosteiros: um masculino e outro feminino. Todos os dias, as monjas cantavam todo o Saltério, que deviam saber de cor. Além do mais, Paula era particularmente fiel ao jejum e às obras de caridade, chegando a doar aos pobres até o necessário para a subsistência da sua comunidade. Tanto Paula como Eustóquia participaram ativamente da pregação de Jerônimo, do qual foram devotas colaboradoras, conformando-se, sempre mais, com a sua direção espiritual. Jerônimo tinha um temperamento irascível, mas Paula o ajudou, sobretudo no contraste com os seguidores de Orígenes, a manter um confronto fundado na humildade e na paciência.

Um claro exemplo do seu estilo de vida foi testemunhado em uma carta que Paula escreveu a Marcela, que tinha ficado em Roma, procurando convencê-la a deixar a Cidade e ir morar com elas em Belém.

Tradução da Bíblia em latim
Entre as contribuições mais significativas de Paula para as pregações de Jerônimo encontra-se a tradução da Bíblia do grego e hebraico para o latim. Foi ela quem sugeriu a necessidade de tal tradução, dedicando-se, com a filha Eustóquia, à compilação da obra, para que fosse divulgada.

A morte
Em 406, com 56 anos, Paula percebeu que o dia da sua morte estava se aproximando, tendo o pressentimento de ouvir a voz de Jesus, que se dirigia a ela com as palavras do Cântico dos Cânticos: “Levante-se, meu amor, minha formosa e vem. Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou e se foi; mostre-me seu rosto, faça-me ouvir sua voz, porque a sua voz é doce e o seu rosto gracioso”. E ela respondeu-lhe com as palavras do Salmo 27: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? Pereceria, sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes”, e adormeceu para sempre.

Participaram do seu funeral, não apenas os monges e as monjas dos dois mosteiros por ela fundados, mas também muitos pobres, que tinham sido ajudados por ela, durante anos, e que a consideravam mãe e benfeitora.

Santa Paulo foi sepultada em Belém, na igreja da Natividade. São Jerônimo lhe dedicou o Epitaphium sanctae Paulae. Quando ele também morreu, foi sepultado ao lado dos túmulos de Paula e Eustóquia.

Sua contribuição para uma grande missão: ajude-nos a levar a palavra do Papa a todos os lares

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 25/01

CONVERSÃO DO APÓSTOLO PAULO

«Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada? De acordo com o que está escrito: por sua causa somos mortos todos os dias, fomos reputados como ovelhas para abate. Mas em todas estas coisas nos esforçamos pela graça d’Aquele que nos amou. Eu estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos, nem os poderes, nem coisas presentes, nem o futuro, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus por nós em Cristo Jesus, nosso Senhor» (Rm 8, 35-39).

O Senhor é paciente e a sua graça se manifesta de muitas maneiras e em muitos lugares. Ele esperou Saulo no caminho de Damasco para mudar seu coração e torná-lo Santo e um de seus Apóstolos mais fiéis; abraçou-o com sua Luz e sua Voz enquanto ele galopava rumo à cidade, onde se refugiavam muitos cristãos, que o Sumo Sacerdote o havia autorizado a expulsar.

Fariseu de nascimento e defensor da ortodoxia
Saulo era judeu, pertencente à seita dos fariseus, a mais rigorosa. Por isso, para ele, que se formou na escola de Gamaliel, era muito natural transformar a mais fiel observância da lei mosaica na mais terrível perseguição dos primeiros cristãos. Depois de expulsá-los de Jerusalém, decidiu expulsá-los até de Damasco, onde haviam se escondido. O Senhor o esperava bem ali.

Encontro com Jesus
Ao cair do cavalo, Saulo teve medo daquela força misteriosa e perguntou: “Quem é você?”. E ouviu: “Aquele Jesus que você persegue”. E perguntou ainda: “Senhor, o que quer que eu faça?”. E lhe respondeu de novo: “Vá a Damasco e lá lhe mostrarei a minha vontade”. Assim, cego e mudo, mas com espírito renovado, chegou a Damasco, onde ficou três dias em jejum e oração constante, até a chegada do sacerdote Ananias – outro Santo que a Igreja também celebra hoje – que o batizou no amor de Cristo e lhe deu, novamente, não apenas a visão dos olhos, mas também a do coração.

Evangelização no caminho
Paulo começou a sua pregação precisamente em Damasco, para depois continuar em Jerusalém. Ali, encontrou-se com Pedro e com os outros apóstolos. No início, os apóstolos estavam desconfiados, mas, depois, o acolheram entre eles e lhe falaram longamente sobre Jesus.
Em seguida, Paulo voltou para Tarso, sua cidade natal, onde continuou sua obra de evangelização, defrontando-se sempre com a perplexidade de muitos, judeus e cristãos, pela sua mudança de vida.
Por fim, Paulo deixou Tarso e se deslocou para Antioquia, onde manteve contato com a comunidade local. Ele foi o primeiro e verdadeiro missionário da história, que sentiu a necessidade de levar a Palavra a todos os povos. Desde então, ninguém pôde separá-lo do amor de Cristo.

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 24/01

SÃO FRANCISCO DE SALES, BISPO DE GENEBRA, DOUTOR DA IGREJA, FUNDADOR DA ORDEM DA VISITAÇÃO, PADROEIRO DA IMPRENSA CATÓLICA

Francisco nasceu em Thorens-Glières, França, em uma nobre e antiga família de Barões de Boisy, na província de Savoia. Estudou nos melhores colégios franceses e, para satisfazer o sonho de seu pai de seguir a profissão de Jurisprudência, estudou Direito na Universidade de Pádua, onde amadureceu certo interesse pela teologia. Ao formar-se, com o máximo das notas, regressou à França, em 1592, onde se escreveu na Ordem dos Advogados. Porém, seu grande desejo era ser padre, tanto que, no ano seguinte, em 18 de dezembro, foi ordenado sacerdote, com 26 anos de idade. Três dias depois, celebrou sua Primeira Missa. Nomeado arcipreste do Capítulo da Catedral de Genebra, Francisco manifestou seus dons zelo e caridade, diplomacia e equilíbrio.

Com o agravar-se do Calvinismo, ofereceu-se como voluntário para evangelizar a região de Chablais. Nas suas pregações, em busca do diálogo, depara-se com portas fechadas, neve, frio, fome, noites ao relento, emboscadas, insultos e ameaças. Então, aprofundou a doutrina de Calvino, para compreendê-la melhor e explicar as diferenças com o credo católico. Ao invés de recorrer só à pregação e ao debate teológico, criou um sistema de publicação, ou seja, fixar em lugares públicos ou levar de porta em porta folhetos impressos, com a explicação das verdades da fé, de modo simples e eficaz. As conversões não foram muitas, mas cessaram as hostilidades e os preconceitos contra o catolicismo.

A seguir, Francisco estabeleceu-se em Thonon, capital de Chablais, onde se dedicou, entre outras coisas, às visitas aos enfermos, às obras de caridade e aos encontros pessoais com os fiéis. Depois, pediu sua transferência para Genebra, cidade símbolo da doutrina Calvinista, com o desejo de atrair muitos fiéis para a Igreja católica.

Episcopado em Genebra e encontro com Francisca de Chantal
Em 1599, Francisco foi nomeado Bispo coadjutor de Genebra e, após três anos, a diocese passou completamente sob seus cuidados, com sede em Annecy. Ali, entregou-se totalmente, sem reservas: visitas às paróquias, formação do clero, reorganização dos mosteiros e conventos, maior dedicação à pregação, às catequeses e às iniciativas para os fiéis; com seu catecismo em forma de diálogo e sua perseverança e doçura na direção espiritual, conseguiu várias conversões.

Em março de 1604, durante uma pregação quaresmal em Dijon, conheceu Joana Francisca Fremyot de Chantal, com a qual instaurou uma grande amizade e uma profunda direção espiritual epistolar. Em 1608, dedicou-lhe um livro intitulado Filotea ou Introdução à vida devota. Filotea era o nome ideal de quem ama ou quer amar a Deus. Francisco escreveu este volume para resumir, em modo conciso e prático, os princípios da vida interior e ensinar a amar a Deus, com todo o coração e com todas as forças, na vida diária. Sua intenção era dar uma formação, plenamente cristã, a quem vivia no mundo e tinha tarefas civis e sociais. Esta sua obra teve um grande sucesso!

Fundação da Congregação da Visitação
A longa e intensa colaboração entre Francisco e Joana produziu grandes frutos espirituais, entre os quais a fundação da Congregação da Visitação de Santa Maria, em 1610, em Annecy, com a finalidade de visitar e socorrer os pobres.

Oito anos mais tarde, a Congregação tornou-se Ordem Contemplativa e as monjas foram chamadas Visitandinas. Francisco escreveu suas Constituições, inspiradas na regra de Santo Agostinho. No entanto, Joana de Chantal acrescentou-lhe a determinação de que as religiosas se dedicassem também à educação e instrução das crianças, especialmente de famílias abastadas.

Em 1616, Francisco escreveu Teotimo ou Tratado do amor de Deus, uma obra de extraordinário conteúdo teológico, filosófico e espiritual, como uma longa carta ao amigo “Teotimo” sobre a vocação essencial de cada homem: “viver é amar”. O texto indicava os melhores meios para um encontro pessoal com Deus.

Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lyon, com a idade de 52 anos. No ano seguinte, seus restos mortais foram trasladados para Annecy.

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 23/01

Santo Ildefonso

Ildefonso é a forma original de Afonso, em espanhol, palavra de origem visigótica parecendo significar “pronto para a batalha”. Nascido em Toledo, de sangue real, a 8 de dezembro de 606. Foi pela intercessão de Nossa Senhora que seus pais obtiveram do céu este filho. Crê-se que estudou com Santo Isidoro em Sevilha e aí aprendeu a desprezar o espírito do mundo. Voltando para a casa dos pais, pediu-lhes para fazer-se monge no mosteiro de Agalia, perto de Toledo. Tendo se tornado pela morte dos pais, herdeiro de rica fortuna, empregou toda a sua herança na fundação de um mosteiro para religiosas. Heládio, bispo de Toledo, ordenou-o diácono. Os monges de Agalia, após a morte de seu abade, elegeram-no para sucedê-lo no cargo abacial. Participou nessa qualidade dos Concílios de Toledo de 653 e 655. Em 657, morrendo Eugênio, Bispo de Toledo, foi escolhido pelo clero e os fiéis como sucessor. Não querendo aceitar, escondeu-se, mas foi achado, e levado escoltado para a cidade para a consagração episcopal. Investido em seu cargo, Ildefonso não negligenciou coisa alguma para manter seu rebanho na pureza dos costumes e na integridade da fé.

Às funções apostólicas da pregação juntou a elaboração de diversas obras, das quais a mais famosa é seu livro sobre a virgindade perpétua de Maria, contra Joviniano, Helvécio e um judeu, na qual se nota a sua piedade. No dia de Santa Leocádia (9 de dezembro), esta célebre mártir, cujas relíquias desejava encontrar, se dignou manifestar-se a ele indicando o local onde repousava seu corpo. Santo Ildefonso foi um ardente propagador da festa da Expectação do divino parto de Maria. Certo ano, antes das Matinas dessa solenidade, aconteceu que a Santíssima Virgem lhe apareceu sentada sobre o trono pontificial, rodeada de um grupo de virgens executando cantos celestiais e o revestiu com magnífica casula enviada por Jesus. Assim conta o livro das Lendas de Maria, que esteve em grande voga nos séculos XII e XIII. Morreu Ildefonso a 23 de janeiro de 667. Seu corpo inumado na Igreja de Santa Leocádia, foi transferido, por medo dos mouros, para Zamora, onde o veneraram até 888. Em 1400, foi tirado de sob ruínas e novamente exposto à veneração dos fiéis.

Outros Santos do mesmo dia: Santo Asclas, Santa Emerenciana, Santo Clemente e Agatângelo, Santo João Esmoler, Santo Bernardo de Vienne, Santo Luftilde, Santo Maimbodo, Beata Margarida de Ravena.

fonte: cleofas.com.br

Santo do Dia – 21/01

SANTA INÊS, VIRGEM E MÁRTIR

“Pura e casta”
O nome Inês, em grego, significa “pura e casta”. Para os historiadores, isto significa um sobrenome, que identifica Santa Inês, uma das mártires mais veneradas pela Igreja.

Transcorria o ano 304, ápice de ferocidade anticristã, por ordem o imperador Diocleciano. No entanto, alguns estudiosos situam este acontecimento durante a perseguição de Valeriano, 40 anos antes.

Sobre Inês não se sabe nada, exceto a paixão do seu martírio, cujas notícias, nem sempre unívocas, estão disseminadas em vários documentos posteriores à sua morte.

Ódio e graça
A tradição fala de um amor não correspondido do filho do Prefeito de Roma por Inês que, com apenas treze anos, não quis aceitar a proposta do nobre. Na verdade, a jovem havia feito o voto de castidade por Cristo.

Quando o Prefeito foi informado sobre a sua consagração, desencadeou sua vingança: Inês devia entrar no círculo das vestais, que ofereciam culto à deusa protetora de Roma. A jovem recusou-se e a vingança tornou-se mais cruel: passou do templo ao prostíbulo, sendo exposta, na Praça Navona, entre as demais prostitutas. As narrações hagiográficas dizem que Inês, em virtude de uma proteção especial, conseguiu, também naquela situação, manter a sua pureza.

Como um cordeiro
O ódio contra a jovem aumentou em uma espiral de violência crescente. Inês foi condenada à fogueira, mas as chamas nem chegaram a tocar. Então, com um golpe de espada na garganta, ela entregou sua vida.

A iconografia representa Inês com um cordeiro sempre ao lado, porque seu destino foi o mesmo reservado a estes pequenos ovinos.

Todos os anos, no dia 21 de janeiro, festa litúrgica de Santa Inês, são abençoados dois cordeirinhos, criados pelas Irmãs da Sagrada Família de Nazaré. Com a sua lã, as Irmãs confeccionam os sagrados Pálios, que o Papa impõe sobre os novos Arcebispos metropolitanos, em 29 de junho, dia de São Pedro e São Paulo.

Virtudes superiores à natureza
Os restos mortais de Santa Inês encontram-se em uma urna de prata, a pedido do Papa Paulo V, na Basílica a ela dedicada na Via Nomentana, em Roma. A Basílica foi construída, por desejo da princesa Constantina, filha do imperador Constantino I, sobre a Catacumba, na qual foi sepultado seu corpo.

Santo Ambrósio escreveu sobre Santa Inês: “A sua consagração superava a sua idade; suas virtudes superavam a própria natureza. Assim, seu nome parece não ter sido um escolha humana, mas uma profecia do seu martírio, uma antecipação do que ela devia ser”.

fonte: vaticannews

Santo do Dia – 20/01

São Sebastião, o soldado martirizado

Origens
São Sebastião nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Soldado
Ao entrar para o serviço no Império, como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

O Consolo
Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião: Soldado da Igreja
Defensor da Igreja
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida.

Um desejo
O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

Defensor da Verdade
São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele.

Páscoa
Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288, foi duramente martirizado.

Minha oração

“ São Sebastião que foste flechado pelo povo, mas também pelo amor divino, colocai em nós essa ferida de amor que não sara e não se cansa de procurar o amado de nossas vidas até às últimas consequências. Amém.”

São Sebastião, rogai por nós!

fonte: cancaonova.com

Santo do Dia – 19/01

Santos Mário, Marta, Audifax e Abaco – mártires

No século III houve reflorescimento por toda a Igreja, desde a Ásia Menor até a França e Itália, onde no ano 251 o papa Cornélio pôde presidir um sínodo de sessenta bispos. Sob Cláudio II parece que não houve perseguição (268-70), mas os Martirológios colocam nesses dois anos o martírio de Mário, Marta, Audifax e Abaco. A Paixão que traz o relato do martírio desses santos, remonta ao século VI e muitos particulares são lendários ou extraídos da Paixão de são Valentim.

Não está provada a afirmação de que Mário e Marta eram casados e Audifax e Abaco eram seus filhos. Conta-se que os quatro vieram em peregrinação da longínqua Pérsia até Roma para venerar os túmulos dos mártires. Mário, ajudado pelos familiares e por um padre, teve oportunidade de honrar 260 mártires, cujos corpos, decapitados, jaziam abandonados às intempéries do tempo. Ele lhes deu uma digna sepultura na Salária.

Foram pegos em flagrante, em sua obra de caridade, e, sob o prefeito Flaviano e o governador Marciano, foram martirizados. Não quiseram prestar culto ao imperador, por isso alguns pensam que eles padeceram sob Décio, que sucedeu a Filipe, o árabe, em 249.

Os três homens foram mortos na via Cornélia, e Marta, num poço ali perto. A matrona Felicita deu-lhes sepultura em seu terreno, na mesma via Cornélia. Nesse local, na propriedade de Boccea, surgiu uma igreja, cujas ruínas existem ainda hoje.

A grande difusão do nome Mário vem precisamente deste santo. A devoção do primeiro dos mártires da via Cornélia está provada na sua constante e tenaz presença em todos os calendários.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

fonte: paulus.com.br

Santo do Dia – 18/01

Santa Prisca, a protomártir romana

Origens
Sobre a história de Santa Prisca é difícil estabelecer a verdadeira identidade desta mártir romana, apesar dos numerosos documentos antigos, pois as várias notícias a seu respeito referem-se provavelmente a três pessoas diferentes. O nome significa antiga, dos primeiros tempos.

A Protomártir Romana
Uma antiga tradição diz que Santa Prisca teria sido batizada, aos treze anos, por São Pedro. E como diz seu nome romano, teria sido a “primeira” mulher do Ocidente a dar testemunho, com o martírio, da sua fé em Cristo. A protomártir romana teria sido decapitada em meados do primeiro século.

Esposa de Áquila
No século VIII, a mártir romana começou a ser identificada com Prisca, esposa de Áquila, de quem fala São Paulo: “Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, que expuseram suas cabeças para salvar minha vida. A eles devo graças, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios” (Rm 16,3).

Santa Prisca e a Basílica no monte Aventino
A celebração
A celebração deste dia quer homenagear o fundador da Igreja titular no Aventino, a quem se refere a epígrafe funerária do século V, preservada no claustro de São Paulo fora dos muros. A antiga igreja, querida por quem gosta de redescobrir os recantos intactos da Roma antiga, à sombra discreta e repousante das suas naves, assenta sobre os alicerces de uma grande casa romana do século II, como provaram as recentes escavações arqueológicas.

Páscoa
A protomártir romana teria sido decapitada durante a perseguição de Cláudio II (268-270), em meados do primeiro século e seu sepultamento na Via Ostiense, de onde seu corpo teria sido levado para o Aventino. Há outros documentos que dizem que Santa Prisca foi martirizada na época de Tibério (45-54).

Relíquias
Atribui-se a santa de hoje ter sido sepultada nas catacumbas de Priscila, às quais terá dado o nome, Priscila é diminutivo de Prisca. Outra tradição pretende que a mártir seja do século III, da perseguição de Cláudio II, o Gótico (268-270).

Título Cardinalício
O título “titulus Aquilae et Priscae” começou a ser usado devido a santa, o que modifica o título primitivo do qual já temos notícias do sínodo romano de 499. O título cardinalício com o qual queriam homenagear a igreja de S. Prisca, uma santa hoje quase esquecida pelos calendários.

Minha oração

“ Exemplo de mulher, na qual a tua fé e dedicação se tornou fruto em meio à comunidade primitiva. Conceda-nos uma fé inabalável como a tua, e um amor ardente ao Senhor como o teu. Amém.”

Santa Prisca, rogai por nós!

fonte: cancaonova.com