Evangelho do dia – 31/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,1-6

Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam.

Quando chegou o sábado,  começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres
que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?”

E ficaram escandalizados por causa dele.

Jesus lhes dizia:  “Um profeta só não é estimado em sua pátria,  entre seus parentes e familiares”.

E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.

Palavra da Salvação.

Evangelho do dia – 30/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 5,21-43

Naquele tempo, Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia.

Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”

Jesus então o acompanhou. Uma numerosa multidão o seguia e o comprimia.

Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com uma hemorragia; tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa.

Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”.

A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença.

Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?”

Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou?'”

Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo.

A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade.

Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.

Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?”

Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!”

E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João.

Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”.

Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina,
e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!”

Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados.

Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.

Palavra da Salvação.

Evangelho do dia – 29/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 5,1-20

Naquele tempo, Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos.

Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi ao seu encontro. Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes
e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo. Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!”

Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!”

Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?”

O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”.

E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região.

Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”.

Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada
— mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou.

Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído pela Legião. E ficaram com medo. Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoninhado e com os porcos. Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. Então o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 28/01

SÃO TOMÁS DE AQUINO, PRESBÍTERO DOMINICANO, DOUTOR DE IGREJA, PADROEIRO DAS ESCOLAS CATÓLICAS

“Vocês o chamam de boi mudo! Ao invés, eu lhes digo que este boi vai berrar tão alto, que seu berro vai ecoar no mundo inteiro”. É o que afirmava Santo Alberto Magno, seu professor, e não se enganava ao defendê-lo perante seus colegas, que, por causa do seu caráter taciturno e, aparentemente, opaco, lhe haviam dado o apelido de “boi mudo”.

Seus familiares o prenderam por ter-se tornado frade Pregador
Tomás nasceu em uma família de Condes, Aquino, no castelo de Roccasecca, no sul do Lácio, unidos, por vínculos de parentela ao imperador Federico II. Seu pai, Landolfo, queria que ele fosse abade do mosteiro de Montecassino, pensando ser compatível com a natureza tímida e gentil do filho e com seus desígnios políticos. Mas, em Nápoles, Tomás quis tornar-se frade Dominicano, rejeitando toda e qualquer ambição e escolhendo apenas uma Ordem mendicante.
Esta sua escolha chocou toda a família, tanto que, dois de seus irmãos, o mandaram prender. Foi colocado em uma cela, proverbial pela sua disposição pacífica. No entanto, ele ficou muito irritado quando mandaram uma prostituta entrar na sua cela, para que desistisse da sua vocação. Mas, ele a afugentou com uma brasa ardente. Em suma, parece que ele tenha conseguido escapar da cadeia, com a ajuda de duas irmãs, que o fizeram descer da janela com uma grande cesta.

Um intelectual apaixonado por Deus
Tomás foi mandado para Colônia, onde aprofundou a tese sobre o aristotelismo, com Santo Alberto Magno; depois, em Paris, lecionou na Universidade, apesar da incompatibilidade com o clero secular.
Ao regressar para a Itália, intensificou seus estudos sobre Aristóteles, graças à tradução de um confrade, e compôs o famoso Hino “Pange lingua”, para a festa de Corpus Christi.
Começou a escrever sua “obra-prima”, “Summa theologiae”, dividida em cinco partes, para demonstrar a existência de Deus. O centro da sua obra é a confiança na razão e nos sentidos; a filosofia é a serva da teologia, mas a fé não anula a razão. Ele gostava muito de estudar e não é difícil imaginar que a sua vasta produção filosófico-teológica tenha causado estupor entre os teólogos contemporâneos.
Certo dia, em 6 de dezembro de 1273, Tomás disse ao coirmão Reginaldo que não ia escrever mais nada: “Não posso, porque tudo o que escrevi é como palha para mim, em comparação ao que me foi revelado”. Segundo alguns biógrafos, esta decisão foi precedida por uma conversa mística com Jesus.
Por fim, Tomás adoeceu. Em 1274, durante uma viagem a Lyon, para participar do Concílio, a pedido do Papa Gregório X, faleceu na abadia de Fossanova, com apenas 49 anos.

Santo Tomás, segundo Chesterton: reconciliação-fé-razão
O famoso escritor inglês, G. K. Chesterton, dedicou-lhe, com acuidade, um ensaio famoso? “Tomás reconciliou a religião com a razão, estendendo-a ao campo da ciência experimental, na qual afirmava que os sentidos eram as janelas da alma e o intelecto tinha o direito de se nutrir de fatos concretos”.
Para Chesterton, Santo Tomás e São Francisco foram os iniciadores de uma grande renovação do cristianismo, a partir de dentro, e a Encarnação era central: “Eles se tornaram mais ortodoxos quando começaram a ser mais racionalistas ou mais próximos da natureza”.

fonte: vaticannews

Evangelho do dia – 28/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,21-28

Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar.

Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.

Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”.

Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”

Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.

E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros:  “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus,  e eles obedecem!”

E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 27/01

SANTA ÂNGELA MÉRICI, VIRGEM, FUNDADORA DAS URSULINAS

Não mais nos conventos, mas no mundo: eis o eixo cartesiano da espiritualidade de Santa Ângela Mérici que, com o testemunho de sua vida, conseguiu dar nova forma à dignidade das mulheres.
Ângela nasceu em Desenzano de Garda, perto de Bréscia, norte da Itália, em 21 de março de 1474. Desde a infância, tinha um forte sentido religioso: à noite, a família se reunia em torno do pai, João, para ouvir a leitura da vida dos santos. Graças a essas leituras, Ângela começou, aos poucos, a nutrir uma devoção especial para com Santa Úrsula, a nobre jovem britânica, do século IV, martirizada com seus companheiros; esta santa teve uma grande influência no amadurecimento da sua espiritualidade.

Terciária franciscana
Aos 15 anos, Ângela perdeu, prematuramente, a irmã e seus pais; então se mudou para Saló, onde foi acolhida na casa do tio materno. Naqueles anos, surgiu-lhe o desejo de levar uma vida mais austera e penitencial, a ponto de optar por ser Terciária franciscana. Cinco anos depois, com a morte de seu tio, a jovem voltou para Desenzano, onde se dedicou às obras de misericórdia espirituais e corporais, sempre acompanhando o trabalho manual com a oração e o recolhimento.

Visão de uma “escada celeste”
Certa vez, enquanto estava em oração, a futura Santa teve a visão de uma procissão de anjos e virgens, que tocavam e cantavam hinos. Entre eles, Ângela viu também sua irmã falecida, que lhe anunciou: “Você vai fundar uma companhia de virgens”. Nos séculos seguintes, a iconografia hagiográfica representou esta visão como uma “escada celeste”, que une o céu e a terra.

Cegueira repentina
No entanto, em 1516, os superiores franciscanos enviaram Ângela a Bréscia para assistir uma viúva, Catarina Patendola. Na cidade, a jovem reforçou sua ideia de um laicato, cada vez mais comprometido no âmbito caritativo, mas enriquecido pela sensibilidade feminina.
Ao receber uma segunda visão, Ângela decidiu fazer uma peregrinação a diversos lugares sagrados: Mântua e o Monte Sagrado de Varallo, suas primeiras etapas, seguidas, em 1524, pela Terra Santa. Precisamente durante esta viagem às origens do cristianismo aconteceu um prodígio singular: de repente, Ângela perdeu a visão, que a recuperará ao voltar da Terra Santa, enquanto rezava diante do Crucifixo. Bem longe de desanimar, Ângela Mérici aceitou a deficiência momentânea como sinal da Providência, para poder olhar os Lugares Santos, não com os olhos do corpo, mas com os do espírito. “Vocês imaginam – disse ela mais tarde – que esta cegueira me foi enviada para o bem da minha alma?”

Nascimento da “Companhia de Santa Úrsula”
Ao regressar à Itália, em 1525, por ocasião do Ano Santo, Ângela foi em romaria à “Cidade Eterna”, onde consolidou seu carisma, tanto que o Papa Clemente VII lhe propôs de permanecer em Roma. Entretanto, a jovem decidiu voltar a Brescia, porque queria, finalmente, dar cumprimento à sua “visão celeste”.
Enfim, em 25 de novembro de 1535, junto com doze colaboradoras, Ângela Mérici fundou a “Companhia das renunciadoras de Santa Úrsula” (“renunciadoras” porque não usavam o hábito religioso tradicional), com uma Regra de vida original: estar fora do Convento para se dedicarem à instrução e à educação das jovens mulheres, com voto de obediência ao Bispo e à Igreja.

Revolução da graça
A ideia da fundadora foi uma verdadeira revolução da graça: toda mulher consagrada podia santificar a sua vida na “Sociedade”, não apenas em um Convento, atuando no mundo e na própria Igreja de pertença.
Em uma época em que as mulheres que não eram casadas ou enclausuradas podiam correr o risco de ser marginalizadas, Ângela ofereceu-lhes uma nova condição social: ser “virgens consagradas no mundo”, capazes de se santificar para santificar a família e a sociedade.

Canonização em 1807
Em 1539, o estado de saúde de Ângela Mérici piorou, vindo a falecer em 27 de janeiro de 1540, com a idade de 66 anos. Seus restos mortais descansam na igreja de Santa Afra, em Bréscia, onde ainda são venerados, hoje denominado Santuário de Santa Ângela.
No entanto, a sua fama de santidade aumentou tanto que, em 1544, o Papa Paulo III elevou a Companhia a um Instituto de Direito Pontifício, permitindo às Ursulinas atuar também além dos confins da Diocese.
Ângela Mérici foi beatificada, em 1768, pelo Papa Clemente XIII, e canonizada, em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio VII. Uma estátua, em sua memória, esculpida em 1866, pelo escultor Pietro Galli, encontra-se na Basílica Vaticana.

Testamento espiritual
Em seu testamento espiritual, destinado às Ursulinas, lê-se: “Suplico-lhes de recordar e manter gravadas em suas mentes e corações todas as suas filhinhas, uma por uma; não apenas seus nomes, mas também suas condições, natureza e estado, enfim tudo delas. Isso não lhes será difícil se as abraçarem com profunda caridade. Esforcem-se, com amor e com mão gentil e suave, não com imperiosidade e aspereza, para ser agradáveis em tudo”. “Além do mais, – concluiu – cuidado por não querer alguma coisa, a todo custo, porque Deus deu a cada um o livre arbítrio, sem forçar ninguém; Ele apenas propõe e aconselha”.

fonte: vaticannews

Evangelho do dia – 27/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4,35-41

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!”

Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro.
Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”

Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!”

O vento cessou e houve uma grande calmaria.

Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”

Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este,  a quem até o vento e o mar obedecem?”

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 26/01

SANTA PAULA, MATRONA ROMANA

Nascida em 347 d.C. no seio de uma ilustre família romana, – com laços de parentela com Cornélia, até remontar às origens do próprio Agamenon, – Paula casou-se, com a idade de dezesseis anos, com o senador Toxócio, do qual teve quatro filhas e um filho. Até aos 32 anos, viveu na riqueza e no luxo, vestindo-se de seda e carregada por escravos eunucos pelas ruas da cidade.

Com a morte do seu marido, Paula começou a frequentar um grupo de viúvas guiado por Santa Marcela: com elas, dedicou-se à oração e à penitência, hospedando, na sua grande mansão romana, no bairro do Aventino, esta Ordem semi-monacal. Santa Marcela, em 382, apresentou-lhe São Jerônimo, quando veio a Roma com os Bispos Epifânio de Salamina e Paulino de Antioquia. Ao hospedar em sua casa os três peregrinos, Paula ficou profundamente comovida. Jerônimo causou uma profunda influência em Paula, despertando nela o desejo de abraçar a vida monacal no Oriente.

Na Terra Santa
Em setembro de 385, após a morte da filha Belsila, Paula decidiu partir para a Terra Santa, acompanhada pela filha Eustóquia, para seguir a vida monacal. Jerônimo, que as havia precedido de cerca um mês, encontrou com elas em Antioquia e, juntos, fizeram uma peregrinação pelos lugares santos da Palestina. A seguir, foram ao Egito para frequentar as lições dos eremitas e cenobitas; enfim, estabeleceram-se em Belém, onde fundaram dois mosteiros: um masculino e outro feminino. Todos os dias, as monjas cantavam todo o Saltério, que deviam saber de cor. Além do mais, Paula era particularmente fiel ao jejum e às obras de caridade, chegando a doar aos pobres até o necessário para a subsistência da sua comunidade. Tanto Paula como Eustóquia participaram ativamente da pregação de Jerônimo, do qual foram devotas colaboradoras, conformando-se, sempre mais, com a sua direção espiritual. Jerônimo tinha um temperamento irascível, mas Paula o ajudou, sobretudo no contraste com os seguidores de Orígenes, a manter um confronto fundado na humildade e na paciência.

Um claro exemplo do seu estilo de vida foi testemunhado em uma carta que Paula escreveu a Marcela, que tinha ficado em Roma, procurando convencê-la a deixar a Cidade e ir morar com elas em Belém.

Tradução da Bíblia em latim
Entre as contribuições mais significativas de Paula para as pregações de Jerônimo encontra-se a tradução da Bíblia do grego e hebraico para o latim. Foi ela quem sugeriu a necessidade de tal tradução, dedicando-se, com a filha Eustóquia, à compilação da obra, para que fosse divulgada.

A morte
Em 406, com 56 anos, Paula percebeu que o dia da sua morte estava se aproximando, tendo o pressentimento de ouvir a voz de Jesus, que se dirigia a ela com as palavras do Cântico dos Cânticos: “Levante-se, meu amor, minha formosa e vem. Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou e se foi; mostre-me seu rosto, faça-me ouvir sua voz, porque a sua voz é doce e o seu rosto gracioso”. E ela respondeu-lhe com as palavras do Salmo 27: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? Pereceria, sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes”, e adormeceu para sempre.

Participaram do seu funeral, não apenas os monges e as monjas dos dois mosteiros por ela fundados, mas também muitos pobres, que tinham sido ajudados por ela, durante anos, e que a consideravam mãe e benfeitora.

Santa Paulo foi sepultada em Belém, na igreja da Natividade. São Jerônimo lhe dedicou o Epitaphium sanctae Paulae. Quando ele também morreu, foi sepultado ao lado dos túmulos de Paula e Eustóquia.

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fonte: vaticannews

Evangelho do dia – 26/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10,1-9

Naquele tempo, o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós'”.

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 25/01

CONVERSÃO DO APÓSTOLO PAULO

«Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada? De acordo com o que está escrito: por sua causa somos mortos todos os dias, fomos reputados como ovelhas para abate. Mas em todas estas coisas nos esforçamos pela graça d’Aquele que nos amou. Eu estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos, nem os poderes, nem coisas presentes, nem o futuro, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus por nós em Cristo Jesus, nosso Senhor» (Rm 8, 35-39).

O Senhor é paciente e a sua graça se manifesta de muitas maneiras e em muitos lugares. Ele esperou Saulo no caminho de Damasco para mudar seu coração e torná-lo Santo e um de seus Apóstolos mais fiéis; abraçou-o com sua Luz e sua Voz enquanto ele galopava rumo à cidade, onde se refugiavam muitos cristãos, que o Sumo Sacerdote o havia autorizado a expulsar.

Fariseu de nascimento e defensor da ortodoxia
Saulo era judeu, pertencente à seita dos fariseus, a mais rigorosa. Por isso, para ele, que se formou na escola de Gamaliel, era muito natural transformar a mais fiel observância da lei mosaica na mais terrível perseguição dos primeiros cristãos. Depois de expulsá-los de Jerusalém, decidiu expulsá-los até de Damasco, onde haviam se escondido. O Senhor o esperava bem ali.

Encontro com Jesus
Ao cair do cavalo, Saulo teve medo daquela força misteriosa e perguntou: “Quem é você?”. E ouviu: “Aquele Jesus que você persegue”. E perguntou ainda: “Senhor, o que quer que eu faça?”. E lhe respondeu de novo: “Vá a Damasco e lá lhe mostrarei a minha vontade”. Assim, cego e mudo, mas com espírito renovado, chegou a Damasco, onde ficou três dias em jejum e oração constante, até a chegada do sacerdote Ananias – outro Santo que a Igreja também celebra hoje – que o batizou no amor de Cristo e lhe deu, novamente, não apenas a visão dos olhos, mas também a do coração.

Evangelização no caminho
Paulo começou a sua pregação precisamente em Damasco, para depois continuar em Jerusalém. Ali, encontrou-se com Pedro e com os outros apóstolos. No início, os apóstolos estavam desconfiados, mas, depois, o acolheram entre eles e lhe falaram longamente sobre Jesus.
Em seguida, Paulo voltou para Tarso, sua cidade natal, onde continuou sua obra de evangelização, defrontando-se sempre com a perplexidade de muitos, judeus e cristãos, pela sua mudança de vida.
Por fim, Paulo deixou Tarso e se deslocou para Antioquia, onde manteve contato com a comunidade local. Ele foi o primeiro e verdadeiro missionário da história, que sentiu a necessidade de levar a Palavra a todos os povos. Desde então, ninguém pôde separá-lo do amor de Cristo.

fonte: vaticannews