Evangelho do dia – 20/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 3,20-21

Naquele tempo, Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer.

Quando souberam disso,os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo,porque diziam que estava fora de si.

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 19/01

Santos Mário, Marta, Audifax e Abaco – mártires

No século III houve reflorescimento por toda a Igreja, desde a Ásia Menor até a França e Itália, onde no ano 251 o papa Cornélio pôde presidir um sínodo de sessenta bispos. Sob Cláudio II parece que não houve perseguição (268-70), mas os Martirológios colocam nesses dois anos o martírio de Mário, Marta, Audifax e Abaco. A Paixão que traz o relato do martírio desses santos, remonta ao século VI e muitos particulares são lendários ou extraídos da Paixão de são Valentim.

Não está provada a afirmação de que Mário e Marta eram casados e Audifax e Abaco eram seus filhos. Conta-se que os quatro vieram em peregrinação da longínqua Pérsia até Roma para venerar os túmulos dos mártires. Mário, ajudado pelos familiares e por um padre, teve oportunidade de honrar 260 mártires, cujos corpos, decapitados, jaziam abandonados às intempéries do tempo. Ele lhes deu uma digna sepultura na Salária.

Foram pegos em flagrante, em sua obra de caridade, e, sob o prefeito Flaviano e o governador Marciano, foram martirizados. Não quiseram prestar culto ao imperador, por isso alguns pensam que eles padeceram sob Décio, que sucedeu a Filipe, o árabe, em 249.

Os três homens foram mortos na via Cornélia, e Marta, num poço ali perto. A matrona Felicita deu-lhes sepultura em seu terreno, na mesma via Cornélia. Nesse local, na propriedade de Boccea, surgiu uma igreja, cujas ruínas existem ainda hoje.

A grande difusão do nome Mário vem precisamente deste santo. A devoção do primeiro dos mártires da via Cornélia está provada na sua constante e tenaz presença em todos os calendários.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

fonte: paulus.com.br

Evangelho do dia – 19/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 3,13-19

Naquele tempo, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele.

Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios.

Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 18/01

Santa Prisca, a protomártir romana

Origens
Sobre a história de Santa Prisca é difícil estabelecer a verdadeira identidade desta mártir romana, apesar dos numerosos documentos antigos, pois as várias notícias a seu respeito referem-se provavelmente a três pessoas diferentes. O nome significa antiga, dos primeiros tempos.

A Protomártir Romana
Uma antiga tradição diz que Santa Prisca teria sido batizada, aos treze anos, por São Pedro. E como diz seu nome romano, teria sido a “primeira” mulher do Ocidente a dar testemunho, com o martírio, da sua fé em Cristo. A protomártir romana teria sido decapitada em meados do primeiro século.

Esposa de Áquila
No século VIII, a mártir romana começou a ser identificada com Prisca, esposa de Áquila, de quem fala São Paulo: “Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, que expuseram suas cabeças para salvar minha vida. A eles devo graças, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios” (Rm 16,3).

Santa Prisca e a Basílica no monte Aventino
A celebração
A celebração deste dia quer homenagear o fundador da Igreja titular no Aventino, a quem se refere a epígrafe funerária do século V, preservada no claustro de São Paulo fora dos muros. A antiga igreja, querida por quem gosta de redescobrir os recantos intactos da Roma antiga, à sombra discreta e repousante das suas naves, assenta sobre os alicerces de uma grande casa romana do século II, como provaram as recentes escavações arqueológicas.

Páscoa
A protomártir romana teria sido decapitada durante a perseguição de Cláudio II (268-270), em meados do primeiro século e seu sepultamento na Via Ostiense, de onde seu corpo teria sido levado para o Aventino. Há outros documentos que dizem que Santa Prisca foi martirizada na época de Tibério (45-54).

Relíquias
Atribui-se a santa de hoje ter sido sepultada nas catacumbas de Priscila, às quais terá dado o nome, Priscila é diminutivo de Prisca. Outra tradição pretende que a mártir seja do século III, da perseguição de Cláudio II, o Gótico (268-270).

Título Cardinalício
O título “titulus Aquilae et Priscae” começou a ser usado devido a santa, o que modifica o título primitivo do qual já temos notícias do sínodo romano de 499. O título cardinalício com o qual queriam homenagear a igreja de S. Prisca, uma santa hoje quase esquecida pelos calendários.

Minha oração

“ Exemplo de mulher, na qual a tua fé e dedicação se tornou fruto em meio à comunidade primitiva. Conceda-nos uma fé inabalável como a tua, e um amor ardente ao Senhor como o teu. Amém.”

Santa Prisca, rogai por nós!

fonte: cancaonova.com

Evangelho do dia – 18/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 3,7-12

Naquele tempo, Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia.

E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia.

Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo.

Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando:  “Tu és o Filho de Deus!” Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 17/01

Santo Antão: o pai dos monges que defendeu a divindade do Verbo de Deus

“Ele inspira o povo de Deus e, sobretudo os monges a viverem o amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. Nós somos chamados a viver como Santo Antão, ligados à Deus, à Igreja e ao mundo e um dia carregamos a esperança na eternidade.”
Por Dom Vital Corbellini, bispo de Marabá (PA)

A Igreja festeja no dia 17 de Janeiro, Santo Antão. O conhecimento de sua vida deu-se através de Santo Atanásio, Bispo de Alexandria, no Egito[1]. Seguindo a Jesus, ele é considerado pela comunidade eclesial, o pai dos monges, sendo o inspirador de todo o movimento monacal. Ele viveu entre III e IV séculos, devendo ter morrido com mais de cem anos.

A obra do bispo de Alexandria foi fundamental para a orientação de todo o movimento monacal. O período das perseguições contra o cristianismo estava acabando pelo Império romano e também pelo fato de que o monaquismo estava iniciando tanto no Oriente como no Ocidente de modo que era preciso apresentar um modelo de vida monacal para todas as pessoas que seguiam essa forma de vida na Igreja e com o Senhor. É importante analisar alguns pontos de Santo Antão como aquele que defendeu o Verbo de Deus diante do arianismo, que negava a sua divindade. O monge anunciou a vida do Senhor, sobretudo para o povo de Alexandria.

A sua vida em contínua retirada

Santo Antão, ou Antônio teve uma vida em continua retirada. Sendo filho de pais ricos, abandonou as riquezas e foi se retirando de seu lar, comunidade, e foi aos poucos morar nos desertos. Quando ele participou de uma celebração eucarística de sua comunidade ao ouvir o evangelho do jovem rico que pediu para Jesus o que ele faria de bom para ganhar a vida eterna?! Jesus lhe disse que era para ele observar os mandamentos da Lei de Deus e cumpri-los. Quando ele disse que estava observando os mandamentos, Jesus lhe fez uma proposta mais radical no sentido da perfeição evangélica, para vender os seus bens, dá-los aos pobres, tendo um tesouro nos céus e depois era para ele vir e seguir a Jesus. Mas como o jovem era cheio de riquezas, foi para casa triste (Mt 19,16-22). A partir desse evangelho, Antão assumiu a palavra de Jesus no sentido de segui-lo e tomar o lugar daquele jovem. Ele foi abandonando as suas coisas e foi se retirando aos poucos para seguir a Jesus Cristo.

O desejo pela solidão

Santo Antão ou Antônio foi anacoreta, uma pessoa que vivia a solidão sem a vida comunitária. Os anacoretas viviam em lugares desertos e também nas cidades. Além de ele ser o pai do monaquismo em geral, Antão foi também o pai do monaquismo anacoreta, das pessoas que viviam sozinhas. No deserto era ele uma pessoa dedicada à oração, ao trabalho e à leitura da Sagrada Escritura. As pessoas falavam que ele sabia a Escritura de cor. Ele trabalhava com as próprias mãos seguindo a palavra do apóstolo São Paulo que quem não quisesse trabalhar não deveria comer (2 Ts 3,10). É importante afirmar que o trabalho no monaquismo antigo visava prover as próprias coisas para o sustento de suas vidas e também para ajudar em esmola os pobres[2].

O enfrentamento com os espíritos maus

Santo Antão enfrentou os espíritos maus no deserto. O deserto era um lugar para se encontrar com Deus, mas também para lutar contra os espíritos malignos. Estes o insinuaram a abandonar a vida de ascese, à volta para trás, o amor ao dinheiro, o desejo da glória, o prazer nas coisas. Tudo isso era para fazê-lo renunciar à reta eleição. Mas Antão foi muito constante em enfrentar os espíritos maus pela oração, pela unidade com o Senhor Jesus que o seguia sempre mais no deserto. Como Santo Atanásio disse Antão pôs Cristo no coração e meditando a nobreza que vem dele e sobre a espiritualidade da alma, apagava as forças que vinham do demônio[3].

Antão venceu o demônio da impureza

O santo monge venceu o demônio da impureza que lhe assaltavam os pensamentos. Ele tinha se apresentado como o amigo da impureza, mas que Antão sempre o afastava pela oração, pelo encontro com o Senhor Jesus. Antão se encorajou e alegre prosseguia o seu caminho. Ele dizia que o Senhor era o seu socorro, de modo que era possível superar, desprezar os seus inimigos (Sl 117,7)[4].

O valor da perseverança

Santo Antão pregava para todas as pessoas a importância da perseverança, para desta forma unirem-se sempre mais a Deus e aos irmãos e irmãs. A pessoa não abandona a vontade de ser fiel também no dia atual, se ontem o foi de verdade. Jesus pediu de seus discípulos a perseverança até o final das tribulações em vista da salvação (Mt 24,13). O monge santo tinha presente a palavra de Paulo que diz que aquele que escolheu o bem, a paz, o amor, Deus colabora com ele (Rm 8,28)[5].

Jesus venceu o espírito mau

Santo Antão tinha presente o Senhor que venceu as tentações do ter, do poder e do prazer (Mt 4,1-10). A necessidade é a realização do bem, da luta pela paz e pelo amor entre as pessoas, famílias e povos. Assim não será necessário temer os espíritos maus, pela confiança em Deus e pela caridade com as pessoas, sobretudo para com os pobres. Antão acreditava nas palavras do Senhor quando mandou embora Satanás onde tinha presente as palavra da Escritura que somente a Deus a pessoa adorará e só a ele o servirá (Mt 4,10)[6].

O monge era considerado o substituto do mártir

Com o fim das perseguições os monges iram no deserto para enfrentar os espíritos maus e viverem o martírio da solidão, da oração e das práticas de ascese, do jejum e outras privações. Antão teve esta idéia que deixou a vida diária para ir ao deserto e viver uma vida de santidade. Mas ele nunca deixou o seu contato com os fieis de Alexandria que lhe dava consolo na perseguição de Maximino contra a Igreja. Antão desejava o martírio. Como não foi possível ser mártir, ele serviu os confessores na fé, como se estivesse preso por eles, e se consumia nesse serviço[7].

Santo Antão enfrentou o arianismo

Santo Antão foi uma pessoa muito imbuída pela graça de Deus, pela unidade com o Senhor Jesus Cristo e com o Espírito Santo. Ele como monge inspirado por Jesus Cristo saiu do deserto para enfrentar os arianos e todo o sistema do arianismo. Ário negava a divindade do Verbo de Deus de modo que ele foi condenado no Concílio de Nicéia em 325, quando este afirmou que o Filho Jesus é Deus como o Pai é Deus, é Deus como o Espírito Santo é Deus; Ele foi gerado desde sempre pelo Pai e é da mesma substância afastando desta forma toda a negação de sua divindade que vinha do sistema ariano. A pedido dos bispos e do povo cristão, Antão foi para Alexandria pregar para todos que o Filho de Deus não era criatura e que não foi tirado do nada; Ele é o Verbo eterno e a Sabedoria da substância do Pai. Era impiedade afirmar que teve um tempo em que ele não existiu, idéia presente em Ário, mas que Antão recusava, afirmando que o Filho estava sempre com o Pai. Era falsa a idéia ariana de que se colocaria entre as criaturas o Criador, Jesus, uma vez que tudo foi feito por meio dele (Jo 1,3)[8]. Ele é Criador e não criatura.

Antão era querido por todos

O povo se alegrava com Antão porque ele combatia a heresia ariana, que negava a divindade do Verbo. Antão defendeu a sua divindade. Os pagãos também desejavam ouvi-lo e vê-lo porque percebiam nele um homem de Deus. Em Alexandria o Senhor fez por meio dele milagres na purificação de espíritos maus. Muitas pessoas assumiram o cristianismo através de Antão, porque ele os conduzia ao Senhor Jesus e à Igreja[9].

Santo Antão morreu perto do Mar Vermelho, aos 105 anos de idade, segundo o relato de Santo Atanásio[10]. O Senhor que o amava tornou-o célebre em toda a parte. Foi um homem do Senhor, segundo o bispo de Alexandria, que desde a juventude até a idade avançada, conservou igual ardor na ascese[11]. Ele foi conhecido em toda a parte não somente no Oriente, mas também no Ocidente. Na verdade todos queriam saber a forma de sua vida monacal, porque o movimento estava iniciando em toda a Igreja. Ele inspira o povo de Deus e, sobretudo os monges a viverem o amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. Nós somos chamados a viver como Santo Antão, ligados à Deus, à Igreja e ao mundo e um dia carregamos a esperança na eternidade.

fonte: vaticannews

Evangelho do dia – 17/01/2024

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 3,1-6

Naquele tempo, Jesus entrou de novo na sinagoga.

Havia ali um homem com a mão seca.

Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo.

Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!”

E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?”
Mas eles nada disseram.

Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada.

Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.

Palavra da Salvação.

Santo do Dia – 16/01

SÃO JOSÉ VAZ

Coragem e medo! Dois sentimentos que podem dividir, ao mesmo tempo, o coração, quando a missão, escolhida a todo custo, pode representar também um desafio arriscado. O mendigo, vestido de escravo, que vagueava pela ilha do Ceilão, era determinado e temeroso. Ele tentou entrar em contato com os católicos, mas às ocultas, porque aqueles calvinistas holandeses espertos não viam a hora de atacarem os fiéis do Papa. Logo, precisava uma tática, que o mendigo vestido de escravo adotou. Uma ideia simples como a enfiada do rosário.

A energia do apóstolo
José Vaz tinha 35 anos, quando, em 1686, chegou ao Ceilão como um esfarrapado, perfeitamente “invisível”. Aquela ilha era a meta desejada, por toda uma vida, daquele sacerdote indiano de Goa. Em poucos anos de sacerdócio, já era estimado pelo seu zelo e inteligência missionários e inteligência ao administrar, apesar da sua jovem idade, as controvérsias eclesiais bastante delicadas.
Antes, onde quer que estivesse, o Padre José já era apreciado pela sua humildade e tenacidade de apóstolo, que só desejava se dedicar a Cristo. Naquele período, entrou em contato com a situação dos cristãos no Ceilão, dispersos e perseguidos. José queria se juntar a eles, mas foi chamado para exercer outro cargo, que obedeceu.
Após uma experiência como Vigário apostólico, que terminou em 1684, sentiu a necessidade de se consagrar como religioso. O problema era que os vários Institutos procuram europeus, não indianos. No entanto, a solução estava próxima.

Os Oratorianos
O Arcebispo de Goa havia autorizado, recentemente, o nascimento de uma Comunidade masculina. Três padres indianos começaram a conviver no monte Boa Vista, onde havia uma igreja dedicada a Santa Cruz dos Milagres. José pediu para se unir a eles e, em pouco tempo, tornou-se superior da casa. Para o povo, todos os quatro eram sacerdotes santos.
Com o passar do tempo, a Comunidade foi estruturada juridicamente e associou-se à Congregação do Oratório de São Felipe Neri. Entretanto, José vibrou interiormente: a chamada para viver no Ceilão não havia diminuído, pelo contrário, queria ir para lá, apesar dos perigos. Sabia, porém, que devia ir como clandestino. Então, cogitou um plano e, no final de 1686, o escravo, vestido de trapos, rumou para lá.

O estratagema do Rosário
O primeiro problema é que adoeceu logo. Durante dias, parecia a vítima evangélica do Bom Samaritano: definhou-se, quase morto, à beira da estrada. Algumas mulheres o ajudaram e ele se recuperou e foi à busca dos católicos, muitos dos quais se comportavam como Calvinistas para enganar os perseguidores. Nestas alturas, Padre José inventou um estratagema: colocou um Terço no pescoço e saiu batendo de porta em porta, pedindo esmola. Depois de certo tempo, percebeu o interesse de uma família por aquele sinal e, quando teve certeza de quem eram eles, se revelou.
Assim, a partir da aldeia de Jaffna, começou a nova evangelização do Ceilão: Missas à noite, Sacramentos administrados às ocultas, encontros. Padre José era incansável.
Porém, a fermentação suscitada pela sua atividade veio à tona. As autoridades prometeram dinheiro a quem revelasse a identidade do sacerdote desconhecido. Mas, ninguém o traiu, pelo contrário, muitos pagaram com suas vidas ou foram presos para defender o renascimento do Evangelho e do apóstolo, que reacendeu a fé; além do mais, para se salvar, foi ajudado a fugir para o pequeno reino de Kandy.

Mais forte que nunca
A “polícia” Calvinista teve uma ideia e fez circular uma fake news, uma notícia falsa: um espião português, dizia, vagava pelas ruas. Assim, Padre José acabou na rede.
Para grande surpresa, o Rei do pequeno reino de Kandy, Vilamadharma, budista, não aceitava que aquele homem bondoso acabasse sua vida em uma cela. Os próprios carcereiros deram testemunho de como ele se comportava na cela. Então o rei quis conhecê-lo e se tornaram amigos.
Em 1697, as consequências de uma terrível epidemia de varíola foi contida, graças à ação do Padre José – que tratava dos doentes e sugeria normas de higiene para limitar o contágio -. Assim, a grandeza daquele falso escravo tornou-se mais forte do que nunca.
O reino de Kandy tornou-se católico; a pregação na Ilha ganhou novo impulso, graças à chegada de dez Oratorianos e à tradução para do Evangelho em tâmil e cingalês, que o Padre José teve tempo de elaborar.
Quando, em 16 de janeiro de 1711, o religioso fechou os olhos, na Ilha já contavam 70.000 fiéis batizados, 15 igrejas e 400 capelas. Assim, o escravo de Deus pôde, finalmente, descansar.

fonte: vaticannews